O
Brasil é o maior país sul-americano, tanto em termos populacionais
(cerca de 176 milhões, dos 350 milhões de todo o continente)
quanto em importância econômica (sua economia, avaliada em
US$ 1 trilhão, perfaz 45% do PIB da América Latina). Além
disso, ele também conta com o maior número de usuários
da Internet e com as maiores receitas de comércio
virtual entre os países latino-americanos. O seu mercado
de tecnologia é o maior da região e o seu potencial para
comércio através da Internet continua a aumentar.
Depois
de vários ciclos de expansão e contração,
o Brasil vem finalmente adotando medidas mais consistentes para um crescimento
sustentável. Desde a desvalorização do Real, em 1999,
o governo anterior adotou uma responsabilidade fiscal mais séria
e uma liberalização comercial, que baixaram
a inflação para níveis mais aceitáveis (cerca
de 7% anuais) e têm conduzido o país para um crescimento
a longo prazo. De acordo com a ABDIB, uma associação nacional
de indústrias, entre 2000 e 2005, no Brasil serão executados
1.300 projetos infra-estruturais, estimados em US$ 215 bilhões.
Os investimentos
estrangeiros no Brasil são feitos principalmente pelos
EUA, que perfazem cerca de 25% do total. O Brasil tem sido um dos principais
destinos de investimentos estrangeiros, tendo atraído US$ 31 bilhões
durante 2000. Em 2002, os investimentos estrangeiros diretos no Brasil
não mantiveram o ritmo vertiginoso dos anos recentes (cerca de
US$ 25 bilhões anuais), mas mesmo assim atingiram US$ 16 bilhões,
o que posiciona o Brasil em segundo lugar, atrás apenas da China
dentre os países emergentes. As receitas líquidas de franquias
no Brasil atingiram US$ 8 bilhões em 2001.
A
demanda brasileira por produtos de informática
é compartilhada pela maioria dos setores da indústria, mas
especialmente pelas empresas dos setores bancário e financeiro,
de integração comercial, comércio virtual, telecomunicações,
petrolífero e de gás, além de gerenciamento de Internet
e segurança. Os números relativos à importação
de software continuam a crescer e espera-se que atinjam US$ 6 bilhões
em 2005.
Entre
os investidores hesitantes, as apreensões criadas pela crise de
recessão na Argentina aumentaram com as suspeitas frente ao novo
governo trabalhista empossado no Brasil. Passada a crise argentina, algumas
destas apreeensões já foram tranqüilizadas pela estabilidade
dos sistemas bancário e cambial brasileiros. O sistema
cambial brasileiro difere daquele adotado pela Argentina e o Brasil se
mostrou mais resistente aos choques e crises cambiais internacionais do
que muitos outros mercados emergentes. A confirmação de
que o atual governo brasileiro se comprometeu com o FMI a adotar políticas
mais moderadas de pagamento de dívidas tranqüilizará
ainda mais a ansiedade dos investidores. A re-estruturação
da dívida externa deixou de ser considerada e já não
há oposição às negociações comerciais,
o que se traduz em boas perspectivas para a maioria dos investidores interessados
no potencial deste enorme mercado.
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